Começa neste fim de semana o Projeto Soma, iniciativa que quer movimentar o centro de Santa Maria aos domingos. Mais do que estimular as vendas, os organizadores vão levar atividades a um local que fica deserto e até mesmo perigoso quando o comércio está fechado.
Apesar de a expectativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Santa Maria (Sindilojas) ser positiva, até quinta-feira, apenas 33 dos 152 estabelecimentos consultados pelo Diário (veja na página 13) haviam decidido abrir domingo. Sexta-feira e sábado, equipes da CDL visitariam lojas em busca de novas adesões.
Sabemos que o início de qualquer projeto é complicado, mas confio no clima positivo que está se criando diz o presidente da CDL, Ewerton Falk.
No levantamento do Diário, os argumentos dos lojistas ainda resistentes a participar eram a previsão de chuva para domingo e a lembrança de tentativas infrutíferas no passado. Sobre o tempo, Falk explica que, se chover, a programação cultural será adiada para outro domingo, e os empresários participantes ficam livres para abrir ou não.
Além das lojas da Acampamento, Calçadão e Floriano Peixoto, quatro concessionárias de veículos se comprometeram a atender neste domingo. Paralelamente à mobilização das entidades empresariais em convidar os lojistas para abrirem as portas, o Sindicato dos Comerciários atua para conscientizar sobre os direitos trabalhistas. Para que o empregado trabalhe no domingo, é necessário que ganhe uma folga antes e uma depois desse dia.
Os funcionários têm argumentado. Se tem crise durante a semana, vai ter também no domingo contrapõe o presidente do sindicato, Rogério Reis.
Diante da resistência de trabalhadores e empresários, que citam experiências anteriores para desconfiar da iniciativa, a organização não desanima:
Esse projeto teve origem com a CDL e o Sindilojas, mas ele é de todos. Dizer que a experiência passada é negativa nos ajuda a pensar essa proposta, que é diferente. Não vamos desistir tão fácil promete Falk.